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Livro Impresso

Por trás das grades
o encarceramento em massa no Brasil



Pimenta, Victor Martins (Autor), Guimarães, Renato (Editor), Santos, Fábio (Ilustrador), Seabra, Patrícia (Diagramador), Magari, Marcela (Revisor), Abramo, Mariana (Revisor)

Direito


Sinopse

Falar sobre o encarceramento não é algo simples. Ele é um fenômeno social complexo: a mesma prisão, tratada como o ideal de justiça para o direito penal, é sabidamente um espaço de violação de direitos, tortura e reprodução da violência. Ainda assim, isso se multiplica a cada dia, com novas prisões sendo erguidas e um aumento acelerado do número de pessoas privadas de liberdade.
Nesse momento, prender pessoas é algo que naturalizamos, aplaudimos e demandamos. O aprisionamento é entendido, então, como uma expressão de justiça, que, além disso, proporciona a proteção da sociedade contra os sujeitos considerados perigosos, violentos ou desajustados.
Diante desse cenário, o que este livro propõe é uma análise sobre o encarceramento no Brasil a partir de um olhar criminológico-crítico. Busquei aproximar dados disponíveis sobre a população prisional no país com abordagens teóricas e pesquisas empíricas que se voltaram, de variadas formas, à compreensão do fenômeno do aprisionamento e do funcionamento do sistema penal. A partir daí, proponho uma reflexão sobre as verdadeiras funções que a prisão desempenha em nossa sociedade.

Metadado adicionado por Editora Revan em 06/06/2018

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Metadados adicionados: 06/06/2018
Última alteração: 06/06/2018

Sumário

Prefácio........................................................................................................ 11
Introdução: Por que falar sobre encarceramento?........................................ 15
1 Pelas mãos da criminologia crítica: referências teóricas
para compreensão do encarceramento no Brasil................................ 19
1.1. Aproximação com o debate criminológico.................................. 20
1.2. Controle penal na passagem do feudalismo para o capitalismo.. 23
1.3. As transformações das práticas e dos discursos punitivos do Iluminismo à Revolução Industrial................................................. 27
1.4. O século XIX e o abandono do “ideal iluminista”...................... 31
1.5. O positivismo e sua vertente criminológica................................ 34
1.6. Do positivismo criminológico à criminologia crítica.................. 39
1.7. Os fundamentos epistemológicos da criminologia crítica........... 41
1.8. A crise da criminologia crítica e as correntes do debate criminológico contemporâneo......................................................... 52
2 Quanto prendemos?............................................................................ 59
2.1. Considerações metodológicas...................................................... 60
2.2. Evolução do encarceramento no Brasil....................................... 65
3 Quem prendemos?.............................................................................. 75
3.1. A seletividade negativa das mulheres no sistema penal.............. 76
3.2. Racismo e encarceramento de negros no Brasil.......................... 88
3.3. Prendendo a juventude pobre do país.......................................... 99
3.4. Os crimes que encarceram: o microtráfico
e outros delitos não violentos........................................................ 103
10
4 Como prendemos?............................................................................ 109
4.1. Aproximações com a seletividade penal:
criminalização primária e secundária............................................ 110
4.2. A legitimação social do sistema penal seletivo.......................... 117
4.3. Operando a seletividade: práticas racistas
e tratamento desigual no sistema punitivo..................................... 125
4.4. A política de segurança pública para
o encarceramento em massa.......................................................... 133
5 Por que prendemos?.......................................................................... 141
5.1. Situando a pergunta na abordagem
criminológico-crítica..................................................................... 142
5.2. O encarceramento e a conformação
da “sociedade disciplinar”............................................................. 148
5.3. O encarceramento a serviço do capitalismo.............................. 157
5.4. O encarceramento na gestão da miséria
e contenção dos pobres.................................................................. 171
Conclusão................................................................................................... 181
Posfácio: O que nos cabe diante
da atual escalada punitiva?............................................................... 187
Referências bibliográficas.......................................................................... 205



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