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Livro Impresso

A droga do toxicômano
uma parceria cínica na era da ciência



Santiago, Jésus (Autor)

Psicanálise, Toxicomania, Drogas


Sinopse

O enfoque psicanalítico das relações que o toxicômano estabelece com a droga situa-se no encontro de uma variada gama de problemas e impasses conceituais, em que o debate sobre sua delimitação como uma categoria clínica dotada de especificidade própria se destaca de maneira decisiva. Nada do consumo abusivo da droga equivale ao que foi, para a psicanálise, o sintoma conversivo, o pensamento obsessivo-compulsivo ou a ideia delirante persecutória, que permitiram a postulação de estruturas clínicas freudianas clássicas, a saber, respectivamente, a histeria, a neurose obsessiva e a paranoia. E, a despeito dessa insuficiência de cunho conceitual, deve-se tomar a toxicomania como um dos capítulos da história da psicanálise em que mais se consegue aproximar dos próprios limites tanto de seu saber como de sua prática.

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8571106231 (ISBN da Edição anterior)


Metadados completos:

  • 9788566786545
  • Livro Impresso
  • A droga do toxicômano
  • uma parceria cínica na era da ciência
  • 2 ª edição
  • BIP - Biblioteca do Instituto de Psicanálise
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  • 1
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  • Santiago, Jésus (Autor)
  • Psicanálise, Toxicomania, Drogas
  • Humanidades
  • 616.8917
  • Toxicologia (MED096000), Movimentos / Psicanálise (PSY026000)
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  • 2017
  • 15/05/2017
  • Português
  • Brasil
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  • Livre para todos os públicos
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  • 14.5 x 21 x 1.5 cm
  • 0.3 kg
  • Brochura
  • 272 páginas
  • R$ 49,00
  • 49019900 - livros, brochuras e impressos semelhantes
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  • 9788566786545
  • 9788566786545
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Metadados adicionados: 01/06/2017
Última alteração: 01/06/2017

Sumário

Nota do autor 9
Nota do autor à 2ª edição 11
Prólogo 15
I.
DO SÍMBOLO À LETRA: O EFEITO PHÁRMAKON 23
Droga e discurso 24
Phármakon, o símbolo 28
Phármakon, o sintoma 32
Quando a letra se separa do símbolo 40
II.
DROGA E MITO: SÍMBOLOS DA NATUREZA E TÉCNICA
DO CORPO 49
Complexo xamânico do phármakon 50
Significante desencadeador e amplificador 53
Droga e sujeito xamanizante 56
III.
DROGA E CIÊNCIA: VALOR DE GOZO NO MERCADO
DO SABER 61
O conhecimento substancialista do phármakon 64
Cálculo da substância pelo sujeito da ciência 69
Excedente de gozo no mercado do saber 73
IV.
A COCAÍNA E O DESEJO DE SUTURA EM FREUD 77
O mito energético da cocaína 78
Freud e a origem da categoria de toxicomania 81
A ambição de quantificação da cocaína 85
O fracasso do desejo de sutura 89
V.
FREUD E O IDEAL DE CIFRAÇÃO DO GOZO 93
O príncípio único da toxina fliessiana 94
Cifrar a libido pelo ideal da ciência 98
A trimetilamina decifrada 101
A toxicidade inerente da libido mitificada 107
VI.
UM CASAMENTO FELIZ DIANTE DO IMPOSSÍVEL
A SUPORTAR 114
A Unterdrückung tóxica 115
O mais-de-gozar como impossível da felicidade 118
Dimensão ética das construções substitutivas 122
O casamento feliz com a droga 127
VII.
PÓS-FREUDISMO E A FUNÇÃO DESGENITALIZADORA
DA DROGA 134
A desgenitalização da libido sexual 135
A droga não é a causa 139
Orgasmo farmacotóxico 143
O supereu solúvel no álcool 150
Justaposição kleiniana da toxicomania à perversão 157
VIII.
LACAN E AS PARCERIAS CÍNICAS NA ERA DA CIÊNCIA 165
Não há conhecimento da experiência da droga 166
Mais-de-gozar particular como efeito da ciência 173
Parceria cínica na era da ciência 181
IX.
VONTADE DE SER INFIEL AO GOZO FÁLICO 189
Curto-circuito do problema sexual 190
Ruptura com o gozo fálico 196
O toxicômano não é um perverso 200
Clínica da insubmissão ao serviço sexual 205
CONCLUSÃO 215
Valor identificatório da toxicomania 216
Droga como produto da literalização da ciência 216
Os produtos de substituição diante do agente paterno 218
Ser infiel no casamento com o falo 219
Solução não fálica à construção do parceiro sexual 222
A inexistência do outro e o artefato da droga 226
Posfácio à 2ª edição 231
Notas 243



Áreas do selo: ArtesHumanidadesLiteratura estrangeiraLiteratura nacionalTeoria e crítica literária

(re.li.cá.ri.o) sm. 1. Rel. Caixa ou baú onde se guardam objetos pertencentes a um santo ou que foram por ele tocados. 2. Caixa ou baú onde se guardam objetos de grande valor afetivo. 3. Bolsinha com relíquias que alguns fiéis trazem no pescoço em demonstração de devoção. 4. Coisa preciosa, de grande preço e valor. [F.: Do lat. reliquiae, arum; 'relíquias'.] A proposta editorial da Relicário Edições aproxima-se da definição de seu verbete, com a diferença de que a transpomos para um sentido laico. Escritas por mãos humanas, as palavras são fruto de um amálgama de sentidos, percepções e afetos – muitas delas palavras-relíquias, signos carregados de aura, rastros de tempo. A verdade é que desde muito as palavras possuem uma morada cativa - o livro é por excelência o relicário das letras. Queremos dar continuidade à função mais cara que o livro escrito possui: preservar e divulgar os saberes e memórias postos em letras e palavras por seus autores. A Relicário Edições possui duas linhas editoriais que abrangem gêneros textuais diversos. A primeira é direcionada à produção acadêmica e científica nas áreas de ciências humanas, filosofia, estética, artes e estudos literários, contemplando publicações a partir de dissertações e teses, bem como coletâneas de artigos, ensaios e revistas acadêmicas. Nessa linha editorial contamos com um conselho avaliativo composto por nomes representativos das principais universidades do país, cuja experiência permite a avaliação da qualidade dos textos e de sua relevância para o debate nas áreas em que os escritos se inserem. Traduções de autores estrangeiros dessas áreas do conhecimento estão igualmente presentes em nossa proposta editorial, pois acreditamos que trazê-los à língua portuguesa constitui um serviço ao leitor interessado, ampliando a partilha do pensamento que nasce em determinado tempo e espaço, mas cujos destinatários e interlocutores podem estar [e estão] aqui e agora. A segunda linha editorial se volta para a publicação de textos de literatura em língua portuguesa e para a tradução de autores estrangeiros – ainda pouco divulgados no país – que transitam pelo romance, ensaios, contos, crônicas e poesia. “Por mais que o livro se apresente como um objeto que se tem na mão; por mais que ele se reduza ao pequeno paralelepípedo que o encerra: sua unidade é variável e relativa. No momento mesmo que o interrogamos, a forma perde sua evidência; ela não se enuncia nela própria, ela só se constrói a partir de um campo complexo do discurso.” [FOUCAULT, M.] "Obscuramente livros, lâminas, chaves seguem minha sorte." [BORGES, J,L.] "Nunca hay demasiados libros. Hay libros malos, malísimos, peores, etcétera, pero nunca demasiados." [BOLAÑO, R.]

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