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Livro Impresso

As desordens da biblioteca



Pic, Muriel (Autor), Olivera, Eduardo Jorge de (Tradutor), Prigent, Christian (Prefácio), Corgozinho, Pedro (Revisor técnico)

Fotografia, bibliotecas, livros


Sinopse

A partir de uma imagem de biblioteca contida no primeiro livro de fotografia de que se tem notícia, "The pencil of nature", de William Henry Fox Talbot, publicado em 1844, Muriel Pic realiza uma série de fotomontagens e, em seguida, desenvolve uma ficção crítica fundamental para entendermos a relação que temos com imagens, textos, objetos e bibliotecas. Suas fotomontagens realizam uma investigação visual que desperta a atenção aos arredores da biblioteca e que deriva, justamente, da fotografia da biblioteca de Talbot. Para isso, ela recorreu a bibliotecas de intelectuais, críticos, escritores e curadores e, como anota o poeta Christian Prigent no prefácio do livro, essas bibliotecas aparecem como verdadeiros exoesqueletos do pensamento. A segunda parte do livro é uma leitura ensaística na qual a autora francesa explora o imaginário das bibliotecas a partir da fotografia de Talbot, ressaltando todo o seu diálogo com o fenômeno literário e passando obrigatoriamente por potenciais vizinhos de prateleira, tais como Georges Perec, Michel Foucault, Paul Éluard e Walter Benjamin. Surge então uma íntima relação entre a biblioteca e a fotografia, já anunciada de outro modo nas fotomontagens. Agora, o texto torna-se cena, e a imagem da biblioteca, uma espécie de atlas fantástico, uma aventura inesgotável do conhecimento.

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Última alteração: 23/12/2016

Áreas do selo: ArtesHumanidadesLiteratura estrangeiraLiteratura nacionalTeoria e crítica literária

(re.li.cá.ri.o) sm. 1. Rel. Caixa ou baú onde se guardam objetos pertencentes a um santo ou que foram por ele tocados. 2. Caixa ou baú onde se guardam objetos de grande valor afetivo. 3. Bolsinha com relíquias que alguns fiéis trazem no pescoço em demonstração de devoção. 4. Coisa preciosa, de grande preço e valor. [F.: Do lat. reliquiae, arum; 'relíquias'.] A proposta editorial da Relicário Edições aproxima-se da definição de seu verbete, com a diferença de que a transpomos para um sentido laico. Escritas por mãos humanas, as palavras são fruto de um amálgama de sentidos, percepções e afetos – muitas delas palavras-relíquias, signos carregados de aura, rastros de tempo. A verdade é que desde muito as palavras possuem uma morada cativa - o livro é por excelência o relicário das letras. Queremos dar continuidade à função mais cara que o livro escrito possui: preservar e divulgar os saberes e memórias postos em letras e palavras por seus autores. A Relicário Edições possui duas linhas editoriais que abrangem gêneros textuais diversos. A primeira é direcionada à produção acadêmica e científica nas áreas de ciências humanas, filosofia, estética, artes e estudos literários, contemplando publicações a partir de dissertações e teses, bem como coletâneas de artigos, ensaios e revistas acadêmicas. Nessa linha editorial contamos com um conselho avaliativo composto por nomes representativos das principais universidades do país, cuja experiência permite a avaliação da qualidade dos textos e de sua relevância para o debate nas áreas em que os escritos se inserem. Traduções de autores estrangeiros dessas áreas do conhecimento estão igualmente presentes em nossa proposta editorial, pois acreditamos que trazê-los à língua portuguesa constitui um serviço ao leitor interessado, ampliando a partilha do pensamento que nasce em determinado tempo e espaço, mas cujos destinatários e interlocutores podem estar [e estão] aqui e agora. A segunda linha editorial se volta para a publicação de textos de literatura em língua portuguesa e para a tradução de autores estrangeiros – ainda pouco divulgados no país – que transitam pelo romance, ensaios, contos, crônicas e poesia. “Por mais que o livro se apresente como um objeto que se tem na mão; por mais que ele se reduza ao pequeno paralelepípedo que o encerra: sua unidade é variável e relativa. No momento mesmo que o interrogamos, a forma perde sua evidência; ela não se enuncia nela própria, ela só se constrói a partir de um campo complexo do discurso.” [FOUCAULT, M.] "Obscuramente livros, lâminas, chaves seguem minha sorte." [BORGES, J,L.] "Nunca hay demasiados libros. Hay libros malos, malísimos, peores, etcétera, pero nunca demasiados." [BOLAÑO, R.]

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