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Livro Impresso

Cidades imaginárias
o Brasil é menos urbano do que se calcula



Veiga, José Eli da (Autor)

Urbanização, cidades, desenvolvimento territorial


Sinopse

A necessidade de se romper com a precariedade que domina a visão oficial sobre o desenvolvimento territorial do Brasil é a mensagem mais frequente nos 60 artigos selecionados para compor este livro, entre os 120 publicados pelo jornal O Estado de S. Paulo até o final de 2001.
O entendimento do processo de urbanização do Brasil é atrapalhado por uma regra muito peculiar, que é a única no mundo. Este país considera urbana toda sede de município (cidade) e de distrito (vila), sejam quais foram suas características.
É absolutamente compreensível que poucos saibam que um terço da população brasileira é rural e que essa proporção poderá não diminuir nas próximas décadas. Todos somos vítimas da ficção oficial que o Brasil será 100% urbano por volta de 2030. Mas ninguém tem o direito de desconhecer as imensas desigualdades que hoje existem entre o Brasil urbano e o Brasil rural.

Metadado adicionado por Autores Associados em 24/01/2018

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Metadados adicionados: 24/01/2018
Última alteração: 24/01/2018

Sumário

Prefácio
Introdução
I. Cidades imaginárias
- Cidades Imaginárias: Estatuto mantém entulho getulista que produz a ficção de um País com população 82% urbana
- Desenvolvimento e aglomeração populacional: Economias locais resultam de relações sinérgicas entre atividades urbanas e rurais
- O Brasil é menos urbano do que se calcula: Metodologia oficial de cálculo do “grau de urbanização” no país está obsoleta
- Cartografia do Brasil para o século 21: Mapas estampam o País dividido em 11 macropólos e 9 macroeixos
- Vilão do desenvolvimento rural: Agricultura de ponta produz o avesso do ambiente propício ao dinamismo econômico
- Jornalistas perdidos no espaço: Profissionais confundem caráter territorial com divisão setorial de atividades
- Um virtuoso triângulo nas áreas rurais: Como a consciência ambiental pode impulsionar o crescimento em vez de ser um obstáculo?
- Três padrões de ocupação espacial dos desenvolvidos: Primeiro Mundo desmente a idéia de que só a marcha para a urbanização desenvolve o campo
- Dinâmica rural pós-corporativa: Não há nada mais equivocado do que imaginar que o “espaço rural” está reduzido à dimensão agropastoril
- Terceira geração do desenvolvimento rural: Comunidades rurais tornam-se mais desenvolvidas incorporando o setor terciário
- Mudanças na relação cidade-campo: Desmancha no ar a antes sólida separação entre produção e o chamado setor terciário
- Nova dinâmica da economia rural: Foi-se o tempo em que a virtude da cidade era “arrancar a população do embrutecimento da vida no campo”
II. Choque de mentalidades na agropecuária
- Choque de mentalidades na agropecuária Conservadorismo ligado à tradição escravocrata e novas pesquisas do setor estão em campos opostos
- Agricultores urbanos? Não se deve inferir que eles deixam o campo para encarar desemprego e violência nas cidades
- Hibridismo no campo: Estratégias implicam opção preferencial entre o agronegócio e o desenvolvimento humano
- Herança de Caio Prado Jr.: Questão agrária brasileira analisada há mais de 40 anos pelo intelectual continua a mesma: a pobreza rural
- Um lugar chamado Feliz Município com mais alto índice de desenvolvimento humano do País mostra a vantagem da agricultura familiar
- O subsídio agrícola que interessa: Sentido histórico da opção pela agricultura familiar é incorporar família rural à classe média
- Expansão da agricultura familiar: Base para crescimento agrícola com redução da pobreza está presente em todas as regiões do País
- Opção pela agricultura familiar: Brasil hesita em abandonar sistema patronal que cada vez emprega menos e amplia mais a exclusão
- Pronaf avança apesar de sabotagens: Trezentos mil produtores passaram a ter um instrumento elementar de modernização: crédito de custeio
- A extinção dos “pequenos”: Debate sobre tamanho da propriedade agrícola esquece que o mais importante é a forma de organização
- Nunca fomos modernos: Como escapar do debate infrutífero entre arautos do agribusiness e militantes do MST
- O padrão Binswanger de agricultura bem-sucedida: Para especialista do Banco Mundial, modelo brasileiro de desenvolvimento rural condenou País à miséria
III. Licença para poluir
- Licença para poluir: França resiste à fórmula cínica nascida nos EUA como evolução sofisticada da regulação convencional
- O sexo dos anjos: Precariedade de arranjo institucional produz bizantinismo nas discussões sobre o clima
- Incitações à ecoeficiência: Reforma tributária ecológica pode estimular mais ações empresariais ambientalmente corretas
- Catástrofes ecológicas e crescimento econômico: Dirigentes podem não adotar precaução, se desastres ambientais ajudarem o desempenho da economia
- A proliferação dos “formigueiros”: Em vez de pequenas e médias cidades crescerem, são metrópoles que tendem a expandir-se
- Tributo ambiental: Maioria dos comportamentos prejudiciais biodiversidade é livre de taxação
- Inexorável Lei da Entropia: Para o genial e proscrito Georgescu, princípio da termodinâmica obrigará a abandonar o crescimento
- Integração entre economia e meio ambiente: Iniciativas esbarram em “Santa Aliança” dos principais poluidores com firmas de saneamento
- Quina Ecológica: Cinco formas de incitar produtores e consumidores a preferir bens e serviços que não agridam ecossistemas
- Valorando a natureza: Economistas abandonam teorias neoclássicas sobre o valor para pensar problemas ambientais
- Biodiversidade e resiliência: Pesquisadores mostram que maior prejuízo econômico advém do aumento da vulnerabilidade de ecossistemas



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